Hoje, dia 20 de Janeiro, celebra-se o dia do Glorioso Mártir São Sebastião, padroeiro dos pescadores de Matosinhos e, como tal, esta data não podia passar em branco. Hoje, vamos trazer-lhe algumas curiosidades acerca da Imagem do nosso padroeiro, que se venera na Capela em sua honra.
Está pronto?!
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Mandada construir pela Confraria da Senhora da Esperança e de Santo Amaro de Matosinhos, a "Nova" imagem do Mártir São Sebastião (como era chamada na altura) data de 1925 e foi esculpida pelo grande mestre Guilherme Thedim. Devido à enorme populariudade das festividades e à enorme devoção não só da classe piscatória matosinhense, mas de todo o país ao Mártir, ouve necessidade de fazer uma nova imagem. A pequenina, que era venerada no seu altar na antiga Capela de Santo Amaro, deu lugar a uma ,muito maior, que, até à construção da Capela, estava exposta na Matriz da cidade.
A escultura possui uma faixa vermelha e, aos pés do santo, vários objetos relacionados à vida militar. Nas procissões, é tradicionalmente acompanhada de uma escultura de Santa Irene que, segundo a lenda, ajudou a tratar do corpo do santo.
A Primitiva imagem do Santo
A 20 de Janeiro de 1939, mais precisamente à 78 anos, era inaugurada a Capela em honra do Santo Padroeiro dos Pescadores de Matosinhos. A "Nova" Imagem saiu em procissão pelas 16:30 de forma a transladar a mesma da Matriz, onde estava exposta, para a sua nova casa. Esta cerimónia contou com a presença do Bispo do Porto e os membros da sua comitiva, que, no fim do cortejo religioso, benzeram a imagem e a capela. O altar da mesma possui ainda uma imagem de São Pedro e outra de Nossa Senhora da Boa Viagem, ambas exculpidas também por Guilherme Thedim.
O Primitivo altar da Capela
Em 30 de Agosto de 1936, gera-se uma grande polémica à volta do Mártir grande e do Mártir pequenino. Escreveu Santos Lessa:
"Uma é a imagem do Mártir - novo.
A outra, a imagem do Mártir - velhinho
Uma descansa no seu trono dourado, cercado de luz, de importância, de majestade, no vetusto Templo de Matozinhos.
A outra para ali está, num modesto altar da capelinha de Santo Amaro, onde às vezes escasseia o azeite das promessas, para alimentar a pequena lamparina de vidro, colocada a seus pés.
Uma, é a imagem do Mártir S. Sebastião - grande - rica, adorada pela gente endinheirada do mar, que tem a casinha farta e cheia, o pão garantido para os seus filhos, uma vida desafogada, feliz e alegre, que Deus conserve para sempre.
A outra é a imagem do Mártir S. Sebastião - pequena - pobre como foi Job, adorada pela multidão anónima da gente do mar, que vive em casebres escuros e lúgubres, que come o pão que o Diabo amassou, que tem uma prole imensa a chorar de frio e de fome, que não tem casa sua, sem lume, sem alegria, sem nada.
Uma, é a imagem dos mestres das traineiras, que à sua parte conseguem dezenas de contos para gastar em foguetes e balões a arder.
A outra, é a imagem do pescador de sempre, ganhando o dia para comer à noite e que deixa apagar a lamparina do Santo, que lhe faltou, também o azeite, para a sua candeia de latão."
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Para terminar, deixamo-lhe com uma curiosidade:
Sabia que a Imagem do nosso Santo é a única imagem que foi condecorada no nosso país? Nas festas de 2015, os membros da Ordem de S. Sebastião (Espanha) vieram à Eucaristia Festiva condecorar a imagem e participaram também na procissão.
A Imagem com a medalha
E chegamos assim ao fim do nosso especial do Dia do Mártir São Sebastião.
Bem haja!
